Saio da chamada grande metrópole brasileira, a big babilônia tupiniquim e caio direto na pequena Brodowski. A frequência temporal se desacelera em um estalo de dedos. Meus ouvidos e olhos relaxam e aquele bombardeio de imagens e sons são substituídos por uma calmaria que de início se assemelha ao silêncio, mas logo a nova textura imagética e sonora ganha forma. Os olhos e ouvidos começam prestar atenção em pequenos detalhes da paisagem: o campo de futebol com a grama bem baixa e seca, de um verde que se confunde com o marrom; os gritos das crianças brincando nas ruas e o resmungar dos cachorros se espreguiçando embaixo da sombra de uma árvore se escondendo do calor.
O tempo não corre, se arrasta, dando a possibilidade para que as pessoas se conheçam. Ao contrário das grandes cidades onde você não conhece seu vizinho, em Brodowski você sabe quem são os moradores da sua cidade, lá ainda é possível você perguntar pela rua: "Onde mora o Clóvis da geladeira?" ou "Onde trabalha o Magalini da Kombe?" e obter uma resposta satisfatória.
Aqui todo evento é um grande evento, a cidade para e reconhece o momento, assim como quem vem de fora para assistir o por do sol se escondendo por trás da cidade. Nossos atores tem tempo de ir a câmara municipal para passar a vista no jornal do dia e adiantar a conversa que estava atrasada. Mas hoje sou eu que não tenho mais tempo. Olho pro relógio e tenho que voltar, vou pegando a estrada e o tempo volta a correr...
wow!!! massa p caralho man!!!
ResponderExcluirfalou td!
lindo!!
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